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Como utilizar a neurociência na análise sensorial de produtos

Diversas vezes aqui no blog nós conversamos sobre a importância de emocionar o seu consumidor, e do papel essencial que as emoções desempenham na nossa tomada de decisão. Já falamos sobre algumas técnicas utilizadas para demonstrar a valência do que sentimos (ou seja, o quanto aquela experiência está sendo agradável ou desagradável) e sobre técnicas que funcionam essencialmente para demonstrar o quanto aquilo que estamos experienciando é intenso ou não.

Fato é que toda técnica tem suas limitações e para cada pergunta de pesquisa, diferentes abordagens devem ser levadas em consideração para obter a melhor resposta. A essa altura você já deve estar se perguntando: Arthur, onde você tá querendo chegar com tudo isso? Bem, o caso é que recentemente um cliente nos questionou sobre como seria possível testar a emoção gerada por estímulos que afetam nosso paladar, com sabores e cheiros, por exemplo.

Pensei: talvez essa não seja uma dúvida apenas do nosso cliente, então resolvi trazer esse assunto aqui para o blog. Hoje eu e você vamos conversar um pouco sobre uma técnica que eu particularmente acho muito interessante: o facial coding!

Antes de qualquer coisa, vou explicar a diferença entre o EMG facial e o facial coding, já que ambos são muito próximos, mas podem ter aplicações bem diferentes

O EMG Facial, explicando de maneira bem simples, avalia através de eletrodos muito sensíveis, a ativação de alguns músculos da face que estão envolvidos com expressões de felicidade, nojo, desagradabilidade, entre outras.

Apesar de ser eficiente para testes de comunicação, embalagem, cheiro e até uso de produtos, por exemplo, acaba que o EMG facial é mais limitado quando o assunto é um teste sensorial que envolve a questão de sabores. Isso porque o movimento da boca (diretamente ligado a testes que envolvem gustação) pode causar muitos ruídos no sinal captado pelos eletrodos do EMG facial, impossibilitando uma análise clara e direta.

É aí que entra o facial coding! Essa técnica desenvolvida em cima do trabalho sobre expressões faciais e emoção produzido pelo cientista americano Paul Ekman, tem como base teórica a avaliação das expressões faciais das pessoas através de filmagens, que são tratadas com diversos algoritmos e cálculos capazes de traduzir as emoções geradas.

Apesar de não ser uma técnica tão sensível quanto ao EMG Facial, que consegue captar as expressões faciais mesmo sem que elas sejam efetivamente executadas (e por isso essa é uma técnica mais indicada para avaliação de estímulos com diferenças bastante sutis), o facial coding se revela extremamente útil quando o assunto é avaliar estímulos que excitem nosso paladar (alimentos ou bebidas), especialmente por que tais estímulos possuem uma alta capacidade de provocar expressões faciais robustas, como a careta que fazemos ao provar algo azedo ou a expressão de satisfação quando comemos algo delicioso.

Resumindo, cada uma das metodologias tem seu momento certo para ser aplicada. Quer saber mais? Entre em contato conosco!

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