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A origem da melhor experiência de consumo: os neurônios espelho

Você sabe porque as pessoas ficam tão envolvidas quando jogam videogames, assistem a filmes, novelas ou até mesmo quando estão lendo bom livro? Nós, seres humanos, temos uma capacidade muito boa de reconhecer as intenções e emoções alheias. Podemos olhar para as outras pessoas e sentir o que elas sentem, podemos aprender uns com os outros e nos conectar de uma maneira profunda. A empatia é uma de nossas capacidades mais singulares.

Os cientistas têm uma explicação para essa estranha capacidade de nos conectarmos. As pesquisas na área de neurociência apontam para um conjunto de células presentes em nosso cérebro chamadas de “Neurônios Espelho”. Estas células desempenham papel fundamental na maneira como vemos e lidamos com as outras pessoas.

Os neurônios espelho foram identificados de forma acidental, primeiramente em macacos. Os cientistas estudavam alguns neurônios que eram ativadas todas as vezes que os macacos realizavam ações específicas, como pegar um amendoim. Os pesquisadores acreditavam que estas células estavam envolvidas na execução do movimento, pois estavam localizadas em uma região cerebral chamada córtex motor. Certo dia os pesquisadores observaram que as mesmas células eram ativadas quando os macacos observavam a mesma ação sendo realizada por um dos pesquisadores. Agora não era o macaco quem estava realizando o movimento e sim o pesquisador, indicando que, para este conjunto de células, ver algo ou fazer algo significa exatamente a mesma coisa.

Após diversas pesquisas, ficou claro que os neurônios espelho também estão presentes nos seres humanos e, atualmente, sabemos que eles têm papel fundamental em nosso aprendizado, que acontece através da observação e imitação. Primeiro nós olhamos e então… fazemos.

A descoberta dos neurônios espelho e de sua importância na forma como percebemos o mundo tem implicações práticas em diversas áreas do conhecimento, inclusive no Marketing. Nosso cérebro utiliza a memória das experiências que vivenciamos para construir simulações, ou seja, nós podemos reviver experiências em diversos momentos, sem de fato estarmos passando por esta experiência. Por exemplo, quando você ouve ou lê a palavra “canela”, a região cerebral ativada é a mesma região que está associada ao reconhecimento visual e do cheiro da canela. Você entende a palavra e simula uma experiência real no seu inconsciente – assim como você está fazendo agora. Você está quase sentindo o cheiro da canela? Isso é a simulação.

Através das ferramentas de neurociência, é possível entendermos quais elementos geram sensações mais intensas para o consumidor, ou seja, experiências mais reais. Após entender quais são esses elementos, podemos utilizá-los em diversos meios de comunicação como material impresso, mídia digital, etc. Desta forma, diferentes marcas e produtos podem ser desenvolvidos para criar a melhor experiência para o consumidor, aumentando a conexão entre as marcas e as pessoas.

Fonte: Consciousness and Cognition

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