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Prazer, Dopamina.

Você já ouviu falar no Sistema Recompensa? Esse termo se refere a um grupo de estruturas que são ativadas no nosso cérebro por estímulos que nos trazem sentimentos de prazer, como por exemplo, quando você come aquele pudim gostoso, no almoço de Páscoa! Já se perguntou porque é tão difícil largar um vício, mesmo sabendo que ele te faz mal?

Na década de 50, dois pesquisadores, James Olds e Peter Milner, realizaram um teste com ratos implantando eletrodos em diferentes áreas do cérebro dos animais. Estes, quando pressionavam uma alavanca, liberavam uma leve descarga elétrica através dos eletrodos. Os pesquisadores observaram que para algumas áreas do cérebro os ratos pressionavam a alavanca repetidamente para receber a estimulação elétrica, o que sugeria que eles estavam sentindo prazer ao realizar a tarefa. Logo, esse resultado mostrava a existência de estruturas cerebrais dedicadas a mediar experiências de prazer.

Depois de muito esforço e dedicação do meio científico, foi reconhecido o importante papel da Dopamina durante esse tipo de estimulação à recompensa no cérebro. Quando somos expostos a estímulos capazes de nos dar prazer, o nosso cérebro responde, aumentando a liberação do neurotransmissor Dopamina em regiões cerebrais específicas ligadas a emoção.

É claro que a dopamina não é o único neurotransmissor envolvido nessa brincadeira, mas não vamos nos adentrar por vias mais complexas do que o necessário, tá bem?

O que acontece é que o seu cérebro te recompensa toda vez que você faz alguma coisa que te dá prazer, daí o nome “Sistema Recompensa”. Além da sua importância em mecanismos de sobrevivência, quando o cérebro ativa esse sistema, liberando neurotransmissores como a dopamina, isso gera grandes sensações de prazer, disposição, vitalidade, etc. Liberamos dopamina quando comemos, fazemos apostas, conseguimos um emprego, ouvimos música, recebemos boas notícias… enfim! Já entendeu que ela está ali para manter a gente feliz e saudável, né? Essa é a teoria, quase sempre mais bonita do que a realidade. O que acontece quando o cérebro te recompensa por algo que não te faz bem, mas ainda assim te dá prazer?

Voltando a pergunta que eu te fiz lá no início, um dos grandes motivos que torna mais difícil as pessoas largarem os vícios, é justamente por muitos desses vícios induzirem a um aumento na presença de neurotransmissores como a dopamina, sem precisar de qualquer outro estímulo externo. Dessa forma, o cérebro passa a associar aquela atividade com uma maneira fácil de sentir prazer e isso é o que todo mundo quer, biologicamente falando.

Existem diversas estruturas e diferentes tipos de neurotransmissores envolvidos no nosso sistema recompensa. Hoje, citamos apenas um, a dopamina. Mas tudo o que foi dito foi com o objetivo de demonstrar uma coisa: atitudes prazerosas impactam profundamente o nosso comportamento. Não é só ganhar prêmios ou pontos fidelidade. Todas as ações publicitárias impactam os consumidores de alguma forma, e existem metodologias que são capazes de entender e até mesmo predizer se esse impacto foi (será) bom ou ruim. É fácil para você verbalizar que gostou de ganhar uma promoção, mas nem sempre é fácil verbalizar o quanto se divertiu em um evento, não é? Mas, mesmo assim, quando você pensa nele libera dopamina…  Essa liberação faz com que, implicitamente, você se aproxime mais de uma marca, por exemplo. Resumo da ópera para você que trabalha com marketing e propaganda: crie experiências inesquecíveis e extremamente prazerosas e te garanto que o resultado vai ser super positivo.

Loucura, não? Pois é! Existe muito mais potencial por trás da Dopamina do que só causar dependência química! E você aí, achando que esse assunto não tinha nada a ver com marketing! 😉

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